Eu, mulher negra, estava a buscar imagens que me representasse força com o intuito de ilustrar mais uma postagem aqui no blog. Quando, ‘folheando’ as páginas do site de busca mais utilizado – Google – me deparo com essa imagem capitalista. O choque foi de imediato: visão capitalista e moralista. Como devem saber, a cerveja Devassa não é uma bebida com preço acessível para todas as classes.
Seria um tanto ortodoxo se entendesse que essa propaganda alem do consumo alcoólico está induzindo a venda do corpo negro?!Alias, do ‘verdadeiro corpo negro’. Ou seja, aquele corpo no padrão para servir aos senhorzinhos ( publico-alvo da marca). Peitos pontudos, cintura afinadíssima, bunda empinada, lábios provocantes, coxas grossas, percentagem de melanina não tão acentuada (a tão conhecida mulata)... e o principal: “a disponibilidade em servir”, ou quem sabe, a “competência”. Não há momento tão propício para citar aqui a tese de doutorado da pesquisadora Ana Cláudia Lemos Pacheco que traz como título: Branca para Casar, Mulata para F.... e Negra para Trabalhar: escolhas afetivas e significados de solidão entre mulheres negras em Salvador.
Chamando atenção para essa imposição histórica, de que nós mulheres negras já nascemos com o “dom” do sexo na porta das entranhas e por isso, não há “ocupação” melhor para essa classe. Ora, se temos esse “dom” de infância, porque não servir à nossa tão amada sociedade, sim?! Acorda povo preto! O lugar de submissão não é exclusivamente nosso. É imprescindível que nós mulheres negras venhamos a ocupar posições que nos é merecida de berço. Como a medicina, a arquitetura, a engenharia, a educação... E para isso, ousemos a invadir os espaços de poder, aqueles que nos dão as armas... Aqueles que nos dão conhecimento! Poder ao Povo Negro!!
Por: Evellin Oliveira (Graduanda de Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia. Pesquisadora da temática etnicorracial)
Fonte: http://cancoesdalma.blogspot.com/2011/09/eu-mulher-negra-estava-buscar-imagens.html?spref=fb
Seria um tanto ortodoxo se entendesse que essa propaganda alem do consumo alcoólico está induzindo a venda do corpo negro?!Alias, do ‘verdadeiro corpo negro’. Ou seja, aquele corpo no padrão para servir aos senhorzinhos ( publico-alvo da marca). Peitos pontudos, cintura afinadíssima, bunda empinada, lábios provocantes, coxas grossas, percentagem de melanina não tão acentuada (a tão conhecida mulata)... e o principal: “a disponibilidade em servir”, ou quem sabe, a “competência”. Não há momento tão propício para citar aqui a tese de doutorado da pesquisadora Ana Cláudia Lemos Pacheco que traz como título: Branca para Casar, Mulata para F.... e Negra para Trabalhar: escolhas afetivas e significados de solidão entre mulheres negras em Salvador.
Chamando atenção para essa imposição histórica, de que nós mulheres negras já nascemos com o “dom” do sexo na porta das entranhas e por isso, não há “ocupação” melhor para essa classe. Ora, se temos esse “dom” de infância, porque não servir à nossa tão amada sociedade, sim?! Acorda povo preto! O lugar de submissão não é exclusivamente nosso. É imprescindível que nós mulheres negras venhamos a ocupar posições que nos é merecida de berço. Como a medicina, a arquitetura, a engenharia, a educação... E para isso, ousemos a invadir os espaços de poder, aqueles que nos dão as armas... Aqueles que nos dão conhecimento! Poder ao Povo Negro!!
Por: Evellin Oliveira (Graduanda de Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia. Pesquisadora da temática etnicorracial)
Fonte: http://cancoesdalma.blogspot.com/2011/09/eu-mulher-negra-estava-buscar-imagens.html?spref=fb
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